Essa é minha participação na 4ª semana do Projeto do Blog Idéias Compartilhadas, cujo tema é PENSANDO...
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Víamos, de qualquer janela, a ponte e o rio Guaíba, e ainda o seu belo pôr -do-sol.
Era maravilhoso!
Hoje, a nossa visão ficou bem mais restrita.
Apenas um pedaço da ponte e cada vez em menos janelas.
Bem, essa semana estava passando por uma delas , quando vi ao longe, mais um espigão surgindo e exatamente num ângulo a fazer perder mais um pouco da linda visão do rio.
Assim, vamos perdendo, perdendo e com certeza, chegaremos ao ponto de ver o sol se pôr, com suas cores lindas e apenas imaginar o rio, sabendo que está ali.
Assim é a vida...
Fiquei pensando em quanta coisa apenas sabemos que estão aí e não as vemos...
E são coisas maravilhosas, grandiosas, feitas por um Ser especial , ser esse que também não vemos, apenas sentimos sua presença...
Então, por que vamos nos abater?Chica
Chica querida,sobre perdas este belo poema de Elizabeth Bishop:
ResponderExcluirTradução de Horácio Costa
A arte de perder não tarda aprender;
tantas coisas parecem feitas com o molde
da perda que o perdê-las não traz desastre.
Perca algo a cada dia. Aceita o susto
de perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.
Pratica perder mais rápido mil coisas mais:
lugares, nomes, onde pensaste de férias
ir. Nenhuma perda trará desastre.
Perdi o relógio de minha mãe. A última,
ou a penúltima, de minhas casas queridas
foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder.
Perdi duas cidades, eram deliciosas. E,
pior, alguns reinos que tive, dois rios, um
continente. Sinto sua falta, nenhum desastre.
- Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente
amado), mentir não posso. É evidente:
a arte de perder muito não tarda aprender,
embora a perda - escreva tudo! - lembre desastre.
Bjsssss,Leninha
Chica, eu morei num prédio e passei pelo mesmo, a vista ia se perdendo a cada dia... E um prédio novo ia crescendo. Porém temos a capacidade de adaptação, colocamos na história outras coisas para substituir o que perdemos. E dá certo, afinal, a vida nos oferece mil coisas boas. O que será um pedaço a menos de vista? Hoje moro num prédio com uma vista deslumbrante e simplesmente olho pouco a janela ou a sacada... Não senti tanta falta, embora sei que quando quero, tenho uma vista linda. Mas ninguém vive de vista.
ResponderExcluirGrande beijo.
Tais Luso
Perdemos tantas coisas no caminho de nossas vidas...
ResponderExcluirse pararmos para pensar...o sol de nossa vida nem chega a nascer, quanto mais se por.
bela participação...bem pensado,srsrs
bjos e boa semana
Que lindo Chica,acima de seu belo exercicio, esta lição de fé,sobre aquilo que não vemos e que sentimos existir e que muitas vezes não trazemos para o mundo material e nos deixamos abater.Voce foi de uma felicidade total neste texto.
ResponderExcluirMeus aplausos.
Um abração carinhoso e tenha uma linda semana na paz e muita luz.
Chica,
ResponderExcluirIsso me fez lembrar a história da Maria Luiza, quando fizeram uma parede enorme no quintal da casa dela, que cobriu a visão de anos.
Mas ela coloriu o seu mundo, enfeitando a parede.
Muitas vezes, não agimos assim. Aliás, nos acostumamos em não ver mais o belo.
Essa é a selva de pedra que vem tirando a nossa visão daquilo que Deus criou com tanto carinho para nós.
Beijos
Se cada janela exterior que se fecha (ou se ofusca) abrir-se uma nova de dentro para fora, é uma bênção, Chica! Adorei! Abraços e ótima semana.
ResponderExcluirEsse é o problema das grandes cidades. Nunca se tem uma vista definitiva. A especulação imobiliária, frustra-nos nesse aspecto. Muito boa a crônica. Chica, fiquei uns dias longe por culpa da tecnologia. Abração
ResponderExcluirPois não é emsmo Chica. Por que nos abater....Perdemos, perdemossssss, mas o que importa é não perdermos nossa essência.
ResponderExcluirbjs
Chica,vc é mesmo demais,amiga!Que belo pensamento,profundo e muito confortador!Bjs,
ResponderExcluirChica,vc é mesmo demais,amiga!Que belo pensamento,profundo e muito confortador!Bjs,
ResponderExcluirÉ muito lindo o seu pensar sobre aquele que nos fortalece. Mas é triste saber que estamos sendo engolidos pela selva de pedra.
ResponderExcluirBeijos
Chica querida, eu amei tanto o teu post, lembrei de uma amiga que comprou um apartamento há anos atrás e via o rio Guaiba, ela mora no 11o. andar, hoje ela encherga um risquinho do rio entre prédios, amei o que escreveu sobre as perdas e o final é glorioso, valorizando a beleza e as bênçãos que esse mundo tem de alguém que sequer enchergamos mas sabemos que existe na sua Plenitude, Parabéns, tudo que eu disser fica excedente a tamanha sensibilidade e inspiração, obrigada pelo teu carinho, bjo grande.
ResponderExcluirVoltei e com saudade! meu beijo pra vc
ResponderExcluirNão precisamos ver, para crer, né Chica?
ResponderExcluirLindo esse seu "Pensando"
Beijos com carinho.
Reflexão com grande ensinamento Chica!
ResponderExcluirDevemos aprender que o sentimento de "perda" é ilusório, na verdade nunca perdemos nada!!! Nossa inteireza está no sutil, sempre está lá, como o rio e aponte...
Um beijo grande!
Oi, Chica!!! Como vai? Eu aqui, sentindo um friozinho danado, e agora, desacelerando um cadiquinho... O progresso, por vezes, nos oprime, não é? Porém, é com pensamentos como este, tão lindamente colocado por você, nos faz meditar e respirar muito melhor!!! Como vai: Crianças em férias, motivos para não sair da rua... Um beijo grande e o lançamento foi muito bacana!!! Depois, vou colocar lá no blog... Beijo, minha amiga! LÜ...
ResponderExcluirQuerida Chica!
ResponderExcluirSei bem o que você está sentindo... Quando viemos morar aqui na nossa rua,há quase dez anos, a paisagem também era diferente. Não havia edifícios, e a visão do céu estava ao alcance de todos. Mas as coisas mudam, e a expeculação imobiliária tem sido bem cruel por este bairro,outrora tão repleto de árvores e quintais.
Bem de frente a nossa casa havia um imenso terreno cheio de árvores frutíferas...E as mangueiras e jaqueiras centenárias eram um doce refúgio para tantos animais,como pássaros e micos estrelas. Agora tudo se foi... E aquelas árvores belas e imensas deram lugar à 2 edifícios estranhos e de gosto duvidoso,que com apartamentos tão pequenos,parecem até "pombais de gente"!
Os beija-flores foram os primeiros a sumirem por aqui...Antes, de presença tão constante, viraram figurinhas raras no nosso quintal... Uma pena!
Mas a natureza ainda resiste, mesmo de forma mais tímida e contida...E isso é o nosso grande consolo!
Minha amiga, eu não tenho nada contra os edifícios e a praticidade e comodidade que eles são para tantas famílias. Mas fico inconformada com a falta de ética ecológica dessas grandes construtoras. Fazem apartamentos pequeníssimos e em grande quantidade,no intuito de ganharem mais dinheiro, e nesse sentido, não preservam nem um pedacinho sequer de área verde... E tudo vira apenas uma grande ilha de cimento!
E a nossa ampla visão de céu e das montanhas também ficou restrita...Assim como as visitas dos passarinhos também.
Mas é como você mesma disse... pelo menos sabemos que as montanhas e o céu ainda estão ali, soberanos e belos, mesmo por detrás das paredes frias de um edifício...
Que Deus nos console e sempre abra a nossa mente e nos aponte as Suas belezas!
Beijo no teu coração!
Teresa
("Se essa lua fosse minha")
Chica
ResponderExcluirÉ isso mesmo minha amiga. Guardamos na memória o que um dia conseguíamos ver e depois fica na imaginação.
Começamos a imaginar, a pensar como estará.
Linda a tua participação como sempre.
Beijos